quarta-feira, 3 de maio de 2017

ALONSO E AS PRIMEIRAS VOLTAS NO TEMPLO DE INDIANÁPOLIS

Seguramente pode-se dizer que hoje é um dia histórico para o automobilismo mundial. O dia em que um dos maiores ídolos da Formula1 deu suas primeiras voltas no mítico circuito oval de indianápolis. Estamos falando de Fernando Alonso que há pouco tempo surpreendeu a todos com o anúncio de que iria correr as 500 milhas este ano.


Segundo a declaração do próprio Alonso ele sempre sonhou em deixar seu nome gravado na história do automobilismo e, para isso, entendia que teria de superar o heptacampeão Schumacher. Só que, passados mais de dez anos de sua estréia na F1, ele agora entende que esse feito é quase impossível de ser alcançado, então uma outra forma de se destacar seria ser o segundo piloto a ser campeão mundial de F1, vencer as 500 milhas e as 24 horas de Le Mans. 


Em que pese a bem fundamentada explicação do piloto, a mim não convenceu e acredito que tampouco tenha convencido os especialistas quanto ao real motivo do piloto correr na Indy. O fato é que ele amarga o terceiro ano consecutivo andando numa carroça, vendo pilotos de muito menos gabarito que ele conseguindo resultados mais expressivos.


Acredito que no futuro vamos conhecer as reais razões desse episódio, mas por agora nos cabe comentar a primeira experiência do espanhol em ovais. Seguindo o protocolo da prova, o espanhol treinou nesta quarta-feira (4-5-17) no dia reservado aos novatos.



As impressões de Alonso foram muito positivas, assim como as do chefe da equipe Michael Andretti que declarou que Alonso foi perfeito no teste. Alonso disse ainda que no simulador conseguiu ter uma boa ideia do que era a prova, mas que na pista as coisas são um pouco diferentes. Disse, ainda, que no início do teste queria pisar, mas seu pé não obedecida, como se tivesse vida própria. Porém no decorrer do teste, com cerca de 40 voltas já conseguia escolher a melhor linha e o melhor momento de trocar as marchas.


Em todo o teste Alonso completou 110 voltas sendo sua melhor média a de 222.548mph o que corresponde a aproximadamente 356km/h. O carro responsável pela façanha é o Dallara DW Honda que leva o número 29 e tem pintura alusiva a McLaren que correu a prova na década de 70.










domingo, 30 de abril de 2017

GP DA RÚSSIA - POUCA EMOÇÃO E MUITO TÉDIO

A primeira vitória de Bottas na F1 não merecia um título desses, mas o contraste entre a emoção das voltas finais com o pega entre o vencedor e Vettel e as demais posições daqueles que pontuaram chega a preocupar bastante, já que traz de volta o tédio de alguns anos atrás onde os carros andavam distantes um dos outros e o que se via era um monótono desfile pelas pistas.



Na Rússia, ao contrário das outras provas, não houve nenhuma briga nas posições intermediárias. Ninguém conseguiu sequer chegar perto do adversário para, pelo menos, ensaiar uma briga. A única mudança nas posições após as primeiras voltas foi a queda de Massa para o nono lugar em razão de um furo no pneu.


Massa, aliás, acabou por ser protagonista de um fato lamentável na última volta, já que se colocou entre Bottas e Vettel e prejudicou o que poderia ser a única chance real de ultrapassagem do piloto da Ferrari. Vettel, pra variar, chiou bastante. Vamos aguardar os desdobramentos.


Voltando a falar das poucas emoções, a largada de Bottas sem dúvida alguma foi o ponto alto da corrida. Saindo da terceira posição o finlandês conseguiu extrair todo o potencial de sua Mercedes e garantir a primeira posição, perdendo-a momentaneamente somente entre o intervalo de sua troca de pneus para a de Vettel.


Com a vitória, Bottas torna-se o quinto finlandês a vencer na F1 se igualando a Keke Rosberg, Hakkinen, Raikonnen e Kovalainen. Curioso é que um país com tantos vencedores e até mesmo campeões não tem um GP em suas terras. 



Ainda que não tenha vencido a corrida, a Ferrari surpreendeu mais uma vez na estratégia, pois possibilitou a Vettel uma disputa direta pela vitória nas voltas finais. Uma pena a construção dos carros desta temporada prejudicarem tando a aproximação nas retas.


As notas tristes do GP são o abandono de Alonso antes mesmo da largada e Grosjeam relembrando seus primeiros passos na F1 e acertando o carro de Palmer, tirando os dois da corrida logo após a largada. Podemos incluir aqui o mau desempenho de Hamilton que não conseguiu fazer frente nem mesmo à Ferrari de Raikonnen. Apesar do rádio da equipe noticiar constantes problemas de aquecimento no carro do inglês, o mesmo ocorrida também com Bottas, mas sua performance não foi tão afetada. A bem da verdade, apesar do domínio de anos anteriores, Hamilton não teve o melhor de seus fins de semana na Rússia.


Feito o resumo da prova, é hora de conferir o resultado de minhas previsões no post do dia 26 de abril que você confere neste link: O que podemos esperar do gp da Rússia


1) Mercedes favorita para vencer no domingo - De fato aconteceu, mas confesso que não esperava que fosse através de Bottas, em que pese ele ter tido excelentes desempenhos nesta pista nos anos anteriores.


2) O esperado duelo entre Vettel e Hamilton talvez não ocorra na Rússia - De novo outro acerto, mas como dito acima não nas circunstâncias que imaginei.


3) O alemão pode perder a liderança do campeonato em razão da primeira dobradinha da Mercedes - Sem comentários nessa daí não é. Vettel saiu de Sochi mais líder do que nunca.


4) Um dos pilotos da Red Bull poderia chegar a frente de Raikonnen - Nada disso, a Red Bull se afastou ainda mais da briga pelo pódio e ainda viu Ricciardo dando adeus à prova logo em seu início. 


5) Os dois carros da Force India marcando pontos novamente - Bingo!!!! A equipe já está merecendo uma posição de destaque nos construtores. Torço muito por uma vitória do time do Vijay. Desde sua chegada a F1 tem demonstrado evolução ou, pelo menos, estabilidade.


6) Massa levando a Williams a sétima ou oitava posição - Essa bem que merece meio ponto, afinal, não fosse o furo no pneu Massa estaria exatamente numa dessas posições.


7) As últimas posições com pilotos da Renault, Haas ou Toro Rosso, com aposta em Kvyat - Sejamos francos, não precisa ser tão expert para prever isso, mas se levarmos em consideração a aposta em Kvyat, então podemos computar um meio ponto. 


E então, gostaram da brincadeira? Deixem um comentário que faço novas previsões para o próximo GP. Barcelona, inclusive, promete algumas variáveis que podem mexer com as peças do tabuleiro da F1.

sábado, 29 de abril de 2017

Ferrari é dona da primeira fila na Rússia

Contrariando todas as expectativas que alguns técnicos apontavam no início da semana, a Ferrari teve um desempenho muito acima do esperado e cravou a pole position e o segundo posto na Rússia.



A honra de largar na primeira posição caberá a Vettel enquanto Raikonnen que esteve muito bem em todas as sessões do treino ficou em segundo a apenas  0,095s. Na segunda fila estão os dois carros da Mercedes e mais uma quase surpresa, já que Bottas, mais uma ve,z superou Hamilton na classificação. E o pior, por uma diferença considerável.



Desde 2008 na França a Scuderia não ocupava toda a primeira fila de um GP. Naquela ocasião Raikonnen, o então campeão mundial, cravou a pole e Massa ficou em segundo, com Hamilton fechando as três primeiras posições.



Esse feito não poderia ocorrer em melhor momento já que a Ferrari comemora seus 70 anos de existência e ver a equipe de F1, no caminho certo neste momento emblemático para a marca é extremamente positivo para a empresa. Afinal, a Ferrari é a única equipe que se fez presente em todos os 50 anos de existência do mundial e, apesar de todos os títulos já conquistados, nada melhor para a imagem e para os negócios do que ser campeão no ano do septuagésimo aniversário.


Sobre as demais posições do gris algumas considerações merecem ser feitas: Massa conseguiu colocar sua Williams na sexta posição entre as Red Bull de Ricciardo e Verstappen. As duas Force India se qualificaram entre os dez primeiros e Hulkemberg fez ainda mais bonito colocando a Renault na oitava posição. Agora é saber se o carro resiste à corrida.


  

Enquanto isso na Mercedes... Um engenheiro da equipe divulgou uma nota esclarecendo que os carros da marca da estrela não andaram bem na classificação em razão da dificuldade de aquecimento dos pneus, já que os dianteiros e traseiros necessitam de temperaturas diferentes para sua melhor performance e não foi possível até o fim do qualify acertar o carro para atender a essa necessidade.


Se esse problema persistir na corrida, a Ferrari só perde por fatores externos ou problemas mecânicos. Porém, devemos aguardar o desenrolar da prova para saber se a questão da baixa temperatura da pista de Soch acaba por favorecer a Mercedes durante a corrida, como diziam os especialistas.


Por enquanto a previsão está indo por água abaixo :).



quinta-feira, 27 de abril de 2017

O novo ídolo do Brasil?

Como todos os fãs de velocidade sabem, desde 2009 quando Barichello venceu o GP da Itália de F1 não tivemos a alegria de comemorar a vitória de um brasileiro na categoria top do esporte a motor.


De igual forma, na Moto GP esse hiato é ainda maior já que a última vitória na categoria foi obtida por Alexandre Barros no longínquo ano de 2005 em Portugal (Estoril).


Mas heis que desde a temporada passada os brasileiros passaram a se identificar com um italiano que é meio brasileiro, literalmente. Trata-se de Franco Morbidelli piloto da Marc VDS na Moto2, categoria de acesso a MotoGP. 


E se em 2016 ele já foi capaz de dar alguma alegria aos brasileiros com oito pódios e o quarto lugar no campeonato, este ano ele teve um começo irrepreensível, vencendo todas as três corridas da temporada.


Quatar, Argentina e Estados Unidos ouviram o mesmo hino no pódio da Moto2. E os brasileiros também tem motivo para comemorar pois junto com Franco está seu inconfundível capacete com as bandeiras da Itália e do Brasil.


Vou continuar torcendo pelo Franco durante toda temporada e espero poder fazer um post para comemorar seu título. Por hora, fica uma singela homenagem à sua performance com uma galeria de fotos que ilustram as corridas deste ano.



QUATAR





ARGENTINA

 


ESTADOS UNIDOS


  


quarta-feira, 26 de abril de 2017

O que podemos esperar do GP da Rússia


O início da temporada 2017 da Formula 1 tem empolgado bastante a mídia especializada que aposta num equilíbrio de forças até o fim da temporada. Não sou tão otimista e pelo que vi até agora acho que em breve a Mercedes vira esse jogo e deslancha.


O que ocorre é que na minha visão a Ferrari veio para a temporada pronta, ou seja, com todo o potencial que o projeto permitia. Não tenho visto até o momento nenhuma mudança de impacto ou anúncio dela por parte do time de Maranello.


Já a Mercedes, a cada treino livre e corrida, aparece com um apêndice diferente, o que dá a entender que o projeto ainda está em desenvolvimento. Até mesmo outras equipes menores já tem apresentado pequenas mudanças aerodinâmicas, como a Force India por exemplo.


Na Rússia especula-se que em razão da temperatura mais baixa a Mercedes será favorecida na questão dos pneus, o que tem sido o calcanhar de aquiles da equipe alemã. Some-se a isso o fato de que desde 2014, quando a Rússia passou a fazer parte do calendário da F1, somente a Mercedes venceu nas terras de Putim. Nos dois primeiros anos com Lewis Hamilton e no ano passado com Nico Rosberg. Tudo isso credencia a Mercedes como a grande favorita para vencer neste domingo.


Largada do GP da Rússia em 2015

Porém, se em circunstâncias normais der Ferrari, aí pode-se dizer que as coisas não estão nada promissoras para a Mercedes. Até porque a vitória na China muito se deveu à presença do carro de segurança que entrou na pista em momento extremamente favorável para Hamilton.


A bem da verdade o esperado duelo entre Vettel e Hamilton até agora não ocorreu e talvez não ocorra também na Rússia onde o alemão inclusive pode perder a liderança do campeonato, pois, segundo análise das condições climáticas e da pista pode ocorrer a primeira dobradinha da Mercedes. 


Em relação às demais equipes, pouco tenho a dizer sobre a Red Bull, apenas que o que favorece a Mercedes também favorece a equipe do Touro Vermelho, e pode ser que um de seus pilotos chegue na frente do Raikonnen, piorando ainda mais a situação da Ferrari no campeonato de construtores.


Espero ver os dois carros da Force India marcando pontos novamente e Massa levando a Williams a sétima ou oitava posição. É o que temos para esse. A última vaga entre os dez, não necessariamente a última posição pode ficar com qualquer um dos pilotos da Renault, Toro Rosso ou Haas, mas se tivesse que apostar iria de Daniil Kvyat, o piloto da casa que vai querer fazer bonito frente a seus torcedores.



Claro que tudo isso que foi dito acima é mera projeção baseada numa série de fatores que, se confirmados, podem gerar o resultado apontado. Lembrando, também que isso numa situação normal de corrida, sem quebras ou acidentes entre os favoritos. A ocorrência de qualquer uma dessas variáveis muda completamente o cenário.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

CIVIC TYPE R ESTABELECE NOVA MARCA EM NÜRBURGRING

Os automóveis japoneses estão cada vez mais ocupando a garagem dos brasileiros. Da capitais às cidades do interior o que se vê é um festival de Hondas e Toyotas desfilando pelas ruas, cada dia em maior número. Junte-se a isso as fantásticas vendas do Mitsubish ASX que virou o SUV queridinho do Brasil.


Mas isso não é por acaso. Mecânica, design e confiabilidade e um pós venda exemplar são qualidades que fazem das montadoras japonesas referência no setor automobilístico.


Como se não bastasse tudo isso, no último dia 3 de abril a Honda com a versão de pré-produção de seu Type R cravou o melhor tempo no gigantesco anel externo norte do circuito de Nürburgring (Nordschleif), que possui 22km de extensão.




O recorde de 7'43"80 (sete minutos, quarenta e três segundos e oitenta milésimos) se refere aos carros de produção de tração dianteira e foi 5,41s inferior ao marcado pelo Golf GTi Clubsport S. 


Golf GTi Clubsport S: o antigo dono do recorde de Nürburgring

O feito do hothatch japonês pode ser conferido na íntegra no link abaixo. No vídeo é possível ver a desenvoltura do carro e sua boa dirigibilidade. Também será possível visualizar no intervalo correspondente a 7:35 e 7:36 que o Civic chegou a atingir 279 km/h pela medição da telemetria. 



O Type R vem equipado com um motor 2.0 turbo que gera 320cv de potência e seu câmbio é manual de seis velocidades. Outra curiosidade é que o modelo 2017 é 16kg mais leve que o modelo anterior, o que certamente foi determinante para que o recorde da pista fosse superado. Especialistas afirmam que a versão final será capaz de baixar ainda mais essa marca. Nós estaremos de olho nesse feito. 






sexta-feira, 21 de abril de 2017

F1 - UM RESUMO DA TEMPORADA ATÉ AGORA


Passadas três etapas da F1, as quais por absoluta falta de tempo não foram objetos de matérias nesse blog, vamos a um resumo do que melhor e pior aconteceu até agora. 


GP DA AUSTRÁLIA


O alvoroço causado na pré-temporada onde os especialistas apostavam numa Ferrari mais forte que a Mercedes não foi muito bem o que se confirmou no início da temporada. Ao fim do Q3 na Austrália lá estava Lewis Hamilton cravando mais uma pole.


Tudo bem que a Mercedes tem uma espécie de botão de boost que incrementa a potência do motor nos treinos além do fato de Hamilton ser um piloto extremamente rápido em voltas de classificação, mas ficou aquela sensação de mais do mesmo.


Vettel mostrou que realmente a Ferrari pode incomodar cravando a segunda posição enquanto os segundos pilotos das duas principais equipes do grid repetiam as posições de seus companheiros. Na quinta colocação deu Red Bull com Verstappen já que Daniel Ricciardo não marcou tempo. 


Na corrida Hamilton pulou na frente após a largada e liderou até a volta 17 quando fez sua parada nos boxes e acabou voltando atrás de Verstappen que o segurou por um bom tempo em ritmo mais lento enquanto Vettel assumia a liderança e construía uma boa vantagem para voltar a frente de Hamilton  após sua parada na volta 23.





Daí pra frente foi administrar a corrida até a bandeirada e ver de longe Hamilton ser ameaçado por Bottas que contava com um carro muito melhor do que o do inglês. Mas, o que se viu foi a reedição da política podre adotada pela Ferrari nos anos de Schumacher.





Finda a corrida o pódio foi formado por Vettel, Hamilton e Bottas, com Raikonnen chegando em quarto e Verstappen logo atrás. Massa chegou na sexta posição e a surpresa foram as duas Toro Rosso marcando pontos. As Force India também confirmaram a consistência da equipe e também pontuaram em 7º e 10º.


As más notícias do GP ficaram por conta do azar do piloto local Daniel Ricciardo e da péssima performance da McLaren. Apesar disso, Alonso ainda declarou após a corrida que "Era provavelmente a melhor corrida da minha vida até aquele momento (quando houve a quebra da suspensão de seu carro). Por poucas vezes eu tive um carro que não é competitivo desse jeito, sem nenhuma preparação durante os testes, tendo que economizar combustível de maneira brutal. Acho que tínhamos de aliviar 1 segundo por volta, e mesmo assim estávamos nos pontos".


     

GP DA CHINA


Na china, o duelo Mercedes e Ferrari voltou a dominar a cena, após um total marasmo nos dias de treinos livres que acabaram não ocorrendo em razão do mau tempo e da poluição do local.


Encerrada a classificação o que se teve, pelo menos nas quatro primeiras posições foi uma cópia fiel do que se viu na primeira etapa. Hamilton, Vettel, dessa vez bem mais próximo ao inglês, Bottas, a apenas um milésimo de segundo de Vettel e Raikonnen.


Logo depois a Red Bull, dessa vez com Ricciardo e Massa novamente levando a Williams a sexta posição e vendo o estreante Lance Stroll marcando o décimo tempo. 


Na largada, um fato curioso chamou a atenção de todos, o posicionamento do carro de Vettel na largada, que parou fora da grade de alinhamento, com um leve desvio para a esquerda. Eu acreditei que ou a largada seria abortada ou o alemão levaria uma punição. No fim nem uma coisa nem outra. 



Outra curiosidade foi o fato de Carlos Sainz Jr. ser o único do grid a correr com pneus lisos mesmo com a pista molhada. Foi uma trapalhada atrás da outra. De igual forma Bottas foi outro piloto que decepcionou ao rodar enquanto a corrida transcorria com o carro de segurança.


A corrida acabou sendo decidida pelo acidente de Giovinazzi que corria pela Sauber substituindo a Pascal Wherlein. Assim como nos treinos o piloto rodou na curva que dá acesso a reta dos boxes e acabou provocando a entrada do carro de segurança. Com isso quem se deu bem foi Hamilton que ainda não havia feito sua parada e aproveitou a oportunidade para retornar na liderança. 



Enquanto Raikonnen e Bottas não conseguiram repetir a performance da Austrália, as duas Red Bull marcavam o território com Verstappen e Ricciardo.


Hamilton se manteve firme na ponta e cruzou em primeiro seguido por Vettel que chegou pouco mais de seis segundos atrás tendo Max Verstappen completado o pódio em uma ótima terceira colocação, já que o rendimento de seu carro estava muito abaixo das Mercedes e Ferraris. Ricciardo, Raikonnen e Bottas foram respectivamente 4º, 5º e 6º colocados. 


Mais uma vez as duas Force India marcaram pontos e Carlos Sainz levou a Torro Rosso a sétima posição, o que acabou sendo uma recompensa pela sua atitude ousada na largada. A Haas também pontuou pela primeira vez na temporada com a oitava posição de Magnussem.


E mais uma vez as McLarens ficaram fora da zona de pontos e dessa vez de forma ainda mais vergonhosa, já que Alonso e Vandoorne abandonaram a prova. A Williams foi outra grande decepção e a falta de performance acabou gerando um péssimo clima na equipe.





GP DO BAHREIN


Na terceira etapa da temporada de F1 as surpresas já começaram na qualificação quando Bottas cravou sua primeira pole na carreira. Logo atrás Hamilton, Vettel, Ricciardo que conseguiu o feito de posicionar a Red Bull na frente da Ferrari de Raikonnen. Verstappen, Hulkemberg, Massa, Grosjean e Palmer fecharam as dez primeiras posições. Surpresa para todos foi a presença das duas Renaults no Q3.


Já na corrida um festival de lambanças e as vigarices de praxe entraram em cena. Enquanto Bottas manteve sua posição na largada, Vettel acabou ultrapassando Hamilton e assumindo o segundo lugar. Ao ver que não seria possível ultrapassar Bottas na pista, a Ferrari antecipa a parada de Vettel.

 

Pouco depois um acidente entre Sainz e Stroll provoca a entrada do safety car e os pilotos que ainda não haviam parados nos boxes aproveitaram para fazê-lo. Bottas, que liderava a prova, entrou primeiro nos boxes e Hamilton que seguia logo atrás, desacelerou deliberadamente atrapalhando Ricciardo. Graças a essa atitude o inglês recebeu uma punição de cinco segundos. 




Ao ver Vettel na ponta e a possibilidade de perder mais uma corrida, a Mercedes, que sempre se orgulhou de dizer que liberava seus pilotos para "brigar" na pista deu uma de Ferrari e numa atitude nada desportiva mandou Bottas ceder a posição para Hamilton. E o pior, por duas vezes.


Mesmo assim, graças às forças do destino ou aos deuses do esporte ou mesmo simplesmente às circunstâncias, a artimanha não vingou e a Mercedes ganhou como prêmio a expressão nada satisfeita de Bottas no pódio, demonstrando que não compactua com essas ordens de equipe que o prejudicaram sensivelmente.


Vettel acabou cruzando em primeiro com Hamilton em segundo numa diferença de pouco mais de seis segundos. Bottas chegou em terceiro completando o pódio seguido por Raikonnen, Ricciardo, Massa, Perez, Grosjean, Hulkenberg e Ocon. Pascal Wehrlein chegou numa ótima 11ª posição carregando a Sauber nas costas e provando o excelente piloto que é, apesar das especulações e tentativa de depreciá-lo por parte de alguns membros da imprensa. 
 




Demonstrando absoluto equilíbrio e potencial da equipe a Force India pontua novamente com seus dois carros. É até agora a única equipe daquelas consideradas médias que conseguiu tal feito, o que a coloca momentaneamente na quarta posição no campeonato de construtores. Do outro lado da moeda a tradicional McLaren também emplaca um infeliz repeteco: é a terceira corrida sem marcar pontos e a segunda em que nenhum de seus carros completa a prova.


A Williams vai marcando seus parcos pontos com Massa, que parece ter encontrado nova motivação nesta temporada, enquanto a Renault parece que começa encontrar o caminho das pedras. 


A bem da verdade, a Red Bull e as equipes médias parecem que ainda estão desenvolvendo seus carros, o que torna essa temporada uma grande incógnita no que diz respeito às posições intermediárias. O motor novo da Renault pode surpreender. Já a McLaren está fadada a viver sua pior temporada da história e ao que tudo indica encerrará seu projeto com a Honda.


A notícia de Fernando Alonso ir correr nas 500 Milhas no mesmo dia do GP de Mônaco e o retorno de Button pode estar escondendo alguma jogada de marketing da montadora japonesa ou até mesmo representar o fim do contrato do espanhol com a equipe, já que ele não consegue esconder seu descontentamento com a situação que está vivendo.